sábado, 31 de outubro de 2009

Funcionária feita de refém conta detalhes da ação dos assaltantes


Maíra Martinello

Sex, 30 de Outubro de 2009 14:52

A caixa do Banco do Brasil de Feijó feita de refém no assalto ao Banco do município, nesta manhã de sexta-feira, conversou, por telefone, com a reportagem de Agazeta.net e descreveu detalhes da ação dos bandidos que assaltaram a agência do município. A funcionária, que preferiu não se identificar, foi uma das cinco pessoas feitas de reféns e levadas pelos assaltantes durante a fuga. Após ser libertada e deixada na estrada, ela conseguiu avisar à família e já está em Feijó.

Segundo a jovem, seis pessoas atuaram no assalto. Munidos de armas pesadas, como metralhadoras e pistolas, e muita munição, os bandidos entraram na agência com facilidade e renderam os seguranças. "Eles atiravam muito, para todos os lados, em direção aos terminais de atendimento, às pessoas... Foi uma cena de horror mesmo", relatou.

Enquanto dois do grupo renderam os gerentes e foram com eles para tesouraria, à procura do cofre, os demais renderam as cerca de 15 pessoas que estavam na agência, entre clientes e funcionários, e as levaram para o lado de fora, onde as colocaram de mãos dadas, fazendo uma espécie de "cordão de isolamento" em frente ao banco.

"Os dois que estavam lá dentro demoraram um pouco para voltar e, enquanto isso, os outros atiravam muito na rua. Entravam na agência e atiravam nos vidros e caixas eletrônicos", lembra ela.

Ao saírem do banco com duas maletas de dinheiro e os dois gerentes feitos de reféns, a quadrilha pegou Mirla, um dos seguranças do banco, outra funcionária que trabalha nos terminais de atendimento os colocou na carroceria de uma camionete prata, na qual fugiram. "Essa camionete já havia sido roubada de uma empresa de construção daqui. Na estrada, eles pararam e dois deles tocaram fogo em um carro modelo Gol, que estava parado, que devia ser deles", relata ela.

Andaram mais um pouco e libertaram o segurança, fazendo ameaças para que ele não contasse nada à polícia, caso contrário, matariam os demais reféns. Em outro trecho, soltaram um dos gerentes e a funcionária dos terminais de atendimento. "Ficaram comigo e com o o outro gerente, que é o outro gerente. Mais pra frente, me soltaram e, por último, o meu colega", conta.

Aliviada, ela diz que todas as vítimas já estão em Feijó, abaladas com os terríveis momentos que viveram, mas todos bem. "Ficamos apavorados e agora estamos nos recuperando do susto. Eles não tinham 'pena' de atirar, não. Não tínhamos idéia do que poderia nos acontecer", relembra.

Polícias civil, militar e COE continuam mobilizadas nas buscas e contam com o apoio do helicóptero do Governo do Estado para localizar a quadrilha. Uma forte barreira foi montada em Sena Madureira e próximo ao rio Purus, distante 80 km de Sena. Ainda não há informações sobre o paradeiro dos assaltantes.

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